A estreia da 2ª temporada de The Last of Us trouxe de volta o universo brutal e emocional da série, agora com novos personagens, ameaças e momentos que deixaram os fãs intrigados. Um deles ocorre no primeiro episódio, “The Days to Come”, quando Ellie, mesmo sendo imune, corta sua própria mordida após ser atacada por um stalker — um tipo de infectado evoluído.
Mas afinal, por que Ellie faz isso, se ela já é imune ao Cordyceps?
O gesto de Ellie e a dúvida sobre sua imunidade
No episódio, Ellie (Bella Ramsey) e Dina (Isabela Merced) saem em uma missão fora das muralhas de Jackson. Durante o confronto com os stalkers — infectados que retêm certa inteligência e se escondem para atacar suas vítimas — Ellie é mordida novamente.
Mesmo sabendo que é imune, ela corta a mordida em um ato impulsivo, o que gerou especulações entre os fãs. A explicação está no contexto emocional e social do momento: Ellie teme que os outros duvidem de sua imunidade e que isso leve a questionamentos científicos perigosos ou até mesmo à exclusão social. É uma tentativa desesperada de reforçar o que ela já sabe, mas que os outros podem não acreditar.
O que dizem os criadores da série The Last of Us
Segundo os criadores Craig Mazin e Neil Druckmann, essa mudança foi deliberada e faz parte das novidades criadas especialmente para a adaptação da HBO.
“Falamos muito sobre como criar um mundo onde os personagens se sintam verdadeiramente seguros diante dos infectados”, explicou Mazin. “Se a reação ao medo fosse a mesma da 1ª temporada, significaria que eles não aprenderam nada em cinco anos.”
Nesse novo momento da história, os personagens estão mais experientes, confiantes e preparados. Ellie e Dina, por exemplo, entram em um supermercado tomado por infectados com relativa tranquilidade — até que enfrentam um stalker, que se comporta de forma muito diferente dos infectados normais.
Quem são os stalkers em The Last of Us?
Os stalkers são uma evolução assustadora dos infectados vistos na 1ª temporada. Eles mantêm certa inteligência, agem com estratégia e podem se esconder por longos períodos antes de atacar.
“Os stalkers pensam. Isso é um problema enorme. Eles são aterrorizantes”, explicou Druckmann. “Até o som que fazem é triste e humano, pois ainda existe uma fração de intelecto neles.”
Essa abordagem mais profunda aos infectados traz novas camadas de terror e complexidade para a narrativa da série.
O corte de Ellie não é apenas físico, mas emocional e simbólico. Ele mostra sua insegurança, medo do julgamento e da solidão em um mundo onde até mesmo a imunidade pode se tornar uma maldição. A série continua mostrando que, em The Last of Us, o maior perigo nem sempre são os infectados — mas sim as emoções humanas mal resolvidas.