As histórias em quadrinhos tornaram-se um dos principais tipos de textos lidos nos séculos XX e XXI. Com adaptações para o cinema, diversas narrativas que originalmente eram dos gibis migraram para as grandes telas de cinema e, cada vez mais, encantam públicos em todo o mundo.
Dito isso, reunimos aqui uma lista de clássicos dos quadrinhos, mais especificamente do universo dos super heróis que se fazem obrigatórias em seu acervo de leitura. Confira:
10 – O Cavaleiro das Trevas — Texto e arte de Frank Miller

The Dark Knight Returns (no Brasil, O Cavaleiro das Trevas; em Portugal, O Retorno do Cavaleiro das Trevas) é uma minissérie em quatro edições publicada entre fevereiro e junho de 1986 pela editora de histórias em quadrinhos americana DC Comics. Escrita e desenhada por Frank Miller, fazendo sua fama mundialmente e trazendo novos olhares sobre o personagem Batman e principalmente sobre a indústria dos quadrinhos. A série narra uma história de Bruce Wayne, que aos 55 anos de idade retorna da aposentadoria para combater o crime e enfrenta a oposição da força policial de Gotham City e o governo dos Estados Unidos. A história apresenta Carrie Kelley como o novo Robin e culmina com um confronto contra o Superman. Quando a série foi coletada em um único volume no final daquele ano, o título da história da primeira edição foi aplicado a toda a série.
Quando de sua publicação, The Dark Knight Returns chamou a atenção de toda a indústria de quadrinhos. Esta obra ajudou a introduzir uma era de quadrinhos adultos no mundo fantasioso dos super-heróis, chamando a atenção da mídia para um gênero que até então era considerado entretenimento infantil. Até o formato do impresso era especial, diferente dos usados na época.
No início da década de 1980, a DC Comics promoveu o editor de histórias em quadrinhos Dick Giordano com o diretor editorial da empresa. O escritor e desenhista Frank Miller foi recrutado para criar The Dark Knight Returns. Giordano disse que trabalhou com Miller na trama da história, e disse: versão que foi finalmente feita era sobre seu quarto ou quinto projecto. O enredo básico era o mesmo, mas havia um monte de desvios ao longo do caminho.” Durante a criação da série, o escritor e desenhista John Byrne disse a Miller, “Robin deve ser uma menina”, e Miller compilou. Miller disse que a trama da série de quadrinhos “foi inspirada por Dirty Harry, especificamente o filme Sudden Impact, de 1983, em que Dirty Harry retorna ao combate ao crime após uma convalescença longa. Miller também disse que seu próprio aumento da idade foi um fator na trama. A série empregou uma grade de 16 painéis para suas páginas. Cada página era composta por uma combinação de 16 painéis ou em qualquer lugar entre dezesseis e um painel por página. Giordano deixou o projeto em meio a causa de desentendimentos sobre os prazos de produção. O historiador de quadrinhos Les Daniels escreveu que a ideia de Miller de ignorar prazos foi “o ponto culminante da busca para a independência artística”.
As edições de The Dark Knight Returns foram apresentadas em embalagens que incluiram páginas extras, encadernado e papel brilhante para destacar as pinturas em aquarela do colorista Lynn Varley.
[Fonte: 1]
09 – Watchmen — Texto de Alan Moore e arte de David Gibbons
Em 1985, num mundo em que Estados Unidos e União Soviética vivem à beira de uma guerra nuclear, o assassinato do Comediante, um ex-combatente do crime, poderia soar quase como algo corriqueiro.
Mas não para o paranoico Rorschach. Depois que os vigilantes foram afastados devido à pressão dos policiais, ele foi o único que continuou suas atividades nas ruas. Mesmo contra a lei.
Agora, Rorschach quer saber quem matou o Comediante, que durante muitos anos realizou “serviços” a mando do governo. E por qual razão.
E quanto mais Rorschach se aprofunda na investigação, mais ex-combatentes do crime são envolvidos; e mais o que parecia uma tola teoria da conspiração ganha força.
08 – Doom Patrol — Texto de Grant Morrison, arte de Richard Case e outros
A Patrulha do Destino (Doom Patrol, no original) é um grupo de super heróis de história em quadrinhos da DC Comics, criados por Arnold Drake, Bob Haney e Bruno Premiani em 1963. O time foi modificado e ganhou remodelações em diversas oportunidades.
Existem algumas semelhanças entre o Patrulha do Destino original e os X-Men originais da Marvel Comics. Ambos incluem super-heróis marginalizados pela sociedade e ambos são liderados por homens de inteligência sobrenatural confinados a cadeiras de rodas. Estas semelhanças levaram o autor da série Arnold Drake a argumentar que o conceito de X-Men possa ter sido baseada no da Patrulha do Destino.
O grupo ganhou maior relevância durante a fase escrita por Grant Morrison, iniciada em 1989. Utilizando-se de elementos de surrealismo, dadaísmo entre outros, o escritor renovou os personagens e foi bem elogiado. Posteriormente, o título foi relançado com novos escritores, como John Acurdi, John Byrne e Keith Giffen, mas sem alcançar o mesmo impacto. Em 2016, o grupo ganhou uma nova reinterpretação no selo Young Animal, comandado pelo músico e escritor Gerard Way, com histórias escritas pelo próprio Way e ilustrações de Nick Derington.
07 – Quarteto Fantástico — Texto de Stan Lee e Jack Kirby, arte de Jack Kirby
O Quarteto Fantástico é uma equipe de super-herói de histórias em quadrinhos publicados pela Marvel Comics. O grupo estreou em The Fantastic Four #1 (data de novembro 1961), que ajudou a inaugurar um novo nível de realismo no meio. O Quarteto Fantástico foi o primeiro time de super-herói criado pelo escritor-editor Stan Lee e o ilustrador Jack Kirby, que desenvolveram uma abordagem colaborativa para a criação de quadrinhos com este título que usariam a partir de então.
Como a maioria dos personagens criados pela Marvel durante a década de 1960, o Quarteto Fantástico deve os seus poderes à exposição a radiação, neste caso mais especificamente à radiação cósmica, com a qual teriam entrado em contacto durante uma viagem de exploração espacial.
Embora a formação do grupo mude ocasionalmente, a equipe mantêm-se estável em volta dos quatro amigos que ganharam superpoderes ao serem atingidos pelos raios cósmicos.
A equipe iniciou-se com a renovação da Marvel que ocorreu na década de 1960 sob o comando de Stan Lee. Permaneceram mais ou menos populares desde então e foram adaptados para outros meios, incluindo três séries relativamente bem-sucedidas de desenhos animados e, até ao momento, três filmes lançados respectivamente em 2005, 2007 e 2015.
Em 2015, a revista entrou em hiato devido à problemas jurídicos com a 20th Century Fox, cujos executivos pleitavam que o estúdio detinha os direitos autorais sobre os personagens.
Em 2018, foi revelado o retorno da revista para Agosto desse mesmo ano, a contagem reiniciaria e Dan Slott estaria no roteiro da série.
06 – Os Eternos — Texto e arte de Jack Kirby
Eternos ou Os Eternos (no original em inglês: Eternals) são uma espécie ficcional da humanidade e uma equipe de super-heróis que aparece em histórias em quadrinhos publicados nos Estados Unidos pela editora Marvel Comics. Eles são descritos como um desdobramento do processo evolutivo que criou a vida senciente na Terra. Os instigadores originais desse processo, os Celestiais alienígenas, pretendiam que os Eternos fossem os defensores da Terra, o que leva à inevitabilidade da guerra contra seus equivalentes destrutivos, os Deviantes. Os Eternos foram criados por Jack Kirby e fizeram sua primeira aparição em The Eternals #1 (julho de 1976). A equipe vai estrear no Universo Cinematográfico Marvel com o seu próprio longa-metragem, Eternals, em 6 de novembro de 2020.
05 – A Liga Extraordinária — Texto de Alan Moore e arte de Kevin O’neill
The League of Extraordinary Gentlemen é uma série de revista em quadrinhos co-criada pelo roteirista Alan Moore e pelo artista Kevin O’Neill que começou em 1999. A série abrange duas minisséries de seis edições, Volume I, Volume II, e uma graphic novel chamada Black Dossier lançada pelo selo America’s Best Comics da DC Comics, assim como um terceiro volume e uma trilogia spin-off chamada Nemo, publicada pelas editoras Top Shelf e Knockabout Comics. De acordo com Moore, o conceito por trás da série era inicialmente a “Liga da Justiça na Inglaterra vitoriana”, mas ele, rapidamente, desenvolveu-a como uma oportunidade de mesclar elementos de várias obras de ficção num único mundo.
Elementos do Volume I foram vagamente adaptados num filme do mesmo nome, lançado em 2003 e estrelando Sean Connery.
04 – Archer & Armstrong — Texto de Fred Van Lente, arte de Cleyton Henry
A série Archer & Armstrong surgiu em 1992, publicada pela Valiant Comics, companhia de Jim Shooter e Bob Layton que, por um período na década de 1990, foi a terceira maior editora do mercado norte-americano.
Em setembro, a Valiant Entertainment, nova encarnação da companhia, republicará Archer & Armstrong #0 a 6, num encadernado. As histórias foram recoloridas para esta compilação.
O volume terá uma nova capa, de Michael Golden, e incluirá uma nova história, The Formation of the Sect, escrita por Jim Shooter com desenhos de Sal Velluto e Bob Almond.
Para quem não conhece o material, um dos maiores atrativos é a arte de Barry Windsor-Smith, presente em todas as edições. A lista de autores destas edições inclui, além de Smith, Shooter, Layton, Bob Wiacek, Jade Moede, George Roberts e Ralph Reese.
03 – The Umbrella Academy — Texto de Gerard Way e arte de Gabriel Bá
The Umbrella Academy é uma série de HQ’s escrita por Gerard Way e ilustrada por Gabriel Bá, vencedora do Eisner Award de “Melhor Minissérie” em 2008. O enredo acompanha um grupo de seis crianças dotadas de super-poderes, que foram adotadas por um milionário e criadas como super-heróis.
A série já teve dois volumes lançados pela editora Dark Horse, e o escritor manifestou a intenção de escrever pelo menos mais dois volumes. No Brasil, foi lançado pela editora Devir, além de estar disponível na plataforma de streaming Social Comics.
02 – Planetary — Texto de Warren Ellis e arte de John Cassaday
A organização Planetary está interessada em mapear a história secreta do Século 20. Para isso, sua equipe de campo, composta por Jakita Wagner, Elijah Snow e Baterista, vai viajar o mundo inteiro investigando casos.
Planetary é uma série de quadrinhos norte-americana criada pelo escritor Warren Ellis e o desenhista John Cassaday e publicada pelo selo Wildstorm da DC Comics. A série narra as aventuras de um trio de personagens misteriosos que se autodenominam “Arqueólogos do Impossível” e que trabalham sob o slogan “É um mundo estranho. Vamos mantê-lo desse jeito”.
A série se destaca pela reciclagem e atualização de argumentos, personagens e lugares comuns da ficção do século XX, especialmente dedicados à aventura e à ficção científica, desde romances policiais a histórias em quadrinhos de super-heróis, passando por monstros série B ou histórias chinesas de fantasmas. A série está repleta de referências a outras histórias, embora os nomes e as situações sejam alterados para criar seu próprio universo e para deixar de pagar royalties. Para dar um exemplo, o herói pulp Doc Savage é inspiração para Axel Brass e Tarzan (Lord Greystoke) aparece aqui sob o pseudônimo Lord Blackstock.
Inicialmente foi anunciado que a série terminaria no número 24, mas finalmente terminaria no número 27, a série foi publicada entre 1999 a 2009. A série começou com uma periodicidade mensal, mudando para bimestral e finalmente esporádica. Tanto Ellis quanto Cassaday não finalizam um número até que agradasse os dois.
01 – Supreme — texto de Alan Moore e arte de Rob Liefeld e outros
Supremo é um super-herói fictício dos quadrinhos americanos criado por Rob Liefeld e Brian Murray em 1992, primeiramente publicado pela Image Comics, depois a Maximum Press e mais recentemente pela Awesome Entertainment. Nas primeiras histórias era uma violenta e egoista versão do Superman. Depois foi “reconstruído” pelo escritor Alan Moore, que o usou em uma série-homenagem às clássicas histórias do Superman da Era de Prata dos Quadrinhos (Pré-Crise) que traziam a “mitologia” desenvolvida por Mort Weisinger.
O herói surgiu nos Estados Unidos em revista em quadrinhos própria chamada Supreme, que teve 56 edições. Alan Moore entrou para a série no número 41. Com o a história em duas partes de Supreme: The Story of the Year Moore venceu o Prêmio Eisner de 1997 de “Melhor Escritor”. Em seguida as 6 partes de Supreme: The Return. Os trabalhos foram republicados em duas edições especiais americanas: uma pela Checker Book Publishing Group: Supreme: The Story of the Year e Supreme: The Return. No Brasil, as aventuras foram publicada em 2003 pela Brainstore em três volumes e pela Devir Livraria entre 2007 e 2008 em quatro volumes.
Alan Moore recebeu a proposta de Rob Liefeld para escrever as aventuras de Supremo. Ele concordou com a condição de que tudo o que ocorrera com o personagem anteriormente fosse desconsiderado ou mudado. Iniciando na revista 41 do Supremo, Moore começou a reescrever o Supremo, usando recursos de metaficção, inserindo em cada revista comentários e narrativas, abordando as histórias em quadrinhos em geral e em particular a “mitologia do Superman”. Os “clichés” do gênero super-herói foram frequentemente usados, sem a costumeira “desconstrução” e senso de ironia de Moore. Ele comentou que fez isso como um pedido de desculpas devido a sua fama de desconstruir super-heróis e levá-los a um lado obscuro.